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sábado, 7 de julho de 2012





Os perigos da secularização nas igrejas (1ª parte)

Em Lucas 17.26-30, encontramos um aviso do Senhor Jesus sobre os males do secularismo e seu avanço como um sinal da proximidade de Sua Segunda Vinda. Afirma Jesus no versículo 26: “Assim como foi nos dias de Noé, assim será nos dias do Filho do Homem”.

O que acontecia nos dias de Noé que se assemelham aos nossos dias? Afirma Jesus: “Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento”, v27. A expressão “casavam e davam-se em casamento” quer dizer, literalmente, casar e descasar-se seguidamente. Perceba que não há qualquer menção a Deus nessa passagem. O homem preocupa-se apenas consigo mesmo. Ele é o centro de tudo. Isso é homocentrismo, hedonismo, humanismo, existencialismo, secularismo.

Sobre os dias de Ló quando da destruição de Sodoma e Gomorra, que se assemelham também aos nossos dias, conforme palavras de Jesus, é dito que “Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam”, v28. Perceba quem,aqui, no versículo 28, o casamento já não é mais mencionado, a prioridade é o lazer e o passatempo, e Deus mais uma vez não é mencionado no contexto social.

De Noé a Ló, do contexto social aludido no versículo 26 ao aludido no versículo 28, são mais de 400 anos. O tempo passou, mas o homem não mudou, e ainda hoje é o mesmo, porque a sua natureza é pecaminosa.

Jesus disse: “Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma...”, v29-30. Veja o versículo 31: “Assim será no dia em que...”. Ou seja, os dias que antecedem a Segunda Vinda de Jesus serão semelhantes aos dias da saída de Ló de Sodoma.

O que é secularismo? Termos afins a este conceito são materialismo, humanismo, racionalismo, consumismo, existencialismo, religionismo, nominalismo e mundanismo. Secularismo é o inverso da espiritualidade bíblica na vida do crente. Secularismo é, no caso da vida da igreja, uma forma sutil, capciosa, ardilosa e disfarçada de corrupção na igreja. Seus pecados são, na maior parte, pecados do espírito.

O secularismo exerce grande atração, fascínio, enlevo e efeito anestésico sobre inúmeros cristãos e inúmeras igrejas. A advertência da Palavra de Deus para esse tipo de coisa é: “Afasta-te” (2Tm 3.5).

Há vários textos bíblicos correlatos a esse assunto. Em João 15.19 e 17.14-16, encontramos o termo “mundo”, que é “kosmos” no grego. O crente e o mundo (como sistema maligno) não devem ajustar-se, harmonizar-se, identificar-se, comungar um com o outro. Em Romanos 12.1-2, mundo é, no original grego, “aion”. Em Efésios 2.2, Paulo fala que não devemos andar como dantes, “segundo o curso deste mundo (kosmos)”. Em 1 Coríntios 2.12, ele nos alerta sobre “o espírito do mundo (kosmos)”. Em 1 João 5.19, o apóstolo João assevera que “o mundo (kosmos) está posto na maligno”. Em 1 João 2.15-17, enfatiza: “Não ameis o mundo (kosmos)”. Esse é um amor mórbido, doentio, amor-mentira. Há muitos outros textos correlatos, como Tiago 4.4 e Gálatas 6.14.

Em 2 Timóteo 4.10, Paulo conta que Demas se perdeu, “amando o presente século (aion)”. Demas foi um obreiro que amou o secularismo.

Na semana que vem, daremos continuidade a este valioso assunto, ressaltando a ação do secularismo como fermento na vida da igreja, levedando toda a massa.

Os perigos da secularização nas igrejas (2ª parte)

O secularismo é como um fermento agindo na massa. Paulo lembra em 1 Coríntios 5.6 que “um pouco de fermento faz levedar toda a massa”. O fermento de que Jesus falou tem muito a ver com o secularismo dentro da igreja. Jesus falou de três tipos de fermentos. Vejamos a seguir.

1) O fermento dos fariseus (Mt 16.6 e Mc 8.15). Os fariseus eram formalistas, religionistas, ritualistas, nominalistas. Eles endeusavam as obras.

2) O fermento dos saduceus (Mt 16.6). Os saduceus eram racionalistas, agnósticos, céticos, materialistas, humanistas. Não criam no miraculoso, no sobrenatural.

3) O fermento de herodes (Mc 8.15). Os herodianos eram liberalistas, iconoclastas, modernistas, politiqueiros, secularistas, irreverentes. Os herodianos profanavam o dia do Senhor.

O fermento na Bíblia representa a corrupção espiritual, agindo ocultamente na massa do povo. A Bíblia fala da corrupção doutrinária (1Tm 4.1), da corrupção no culto, inclusive no louvor e na adoração, como nos dias do Antigo Testamento, e da corrupção no ministério. Alguns exemplos de hoje são a igreja ecumênica, o culto ecumênico, a bíblia ecumênica, o ministério ecumênico etc.

O secularismo e o balaamismo na igreja estão interligados. Balaão foi um estranho profeta-adivinho do Antigo Testamento (Nm 22.5; 23.7; 25.1-3; 31.8,16; Dt 23.4 e Js 13.22). O balaamismo é uma forma de secularismo atuando no Antigo Testamento. O secularismo na “doutrina de Balaão” (Ap 2.14) é a corrupção doutrinária, a qual leva à corrupção do culto e do povo. O texto bíblico fala: “Diante dos filhos de Israel”. É a mistura da igreja com o mundo, como se fosse um só povo.

O secularismo no “caminho de Balaão” (2Pd 2.15) é o profissionalismo material, uma ambição doentia por cargos e consagrações, o mercenarismo religioso, o mercantilismo nas coisas santas do Senhor, a “torpe ganância” citada várias vezes nas Epístolas.

O secularismo no “engano de Balaão” (Jd 11) é a dependência do raciocínio puramente humano, do intelectualismo humano nas coisas do Senhor. Por exemplo: interpretar as Escrituras pelo raciocínio humano somente, administrar a obra de Deus pelo saber humano, e julgar e decidir as coisas do Senhor apenas pelo raciocínio humano.

Devemos nos lembrar que, à luz da Bíblia, alguns “materiais” são imprestáveis na edificação da Igreja. Nesses “materiais”, temos lições preventivas sobre os males do secularismo na igreja. Se não, vejamos:

1) A igreja é comparada a um edifício espiritual em construção. “Eu edificarei a minha igreja”, Mt 16.18. “Sois edificados casa espiritual”, 1Pd 2.5. Podemos ver também essa verdade em Efésios 2.20-22 e 4.12.

2) Em 1 Coríntios 3.10-17, três dos seis materiais mencionados (v12) são impróprios para a edificação da Igreja do Senhor: madeira, feno e palha. São materiais efêmeros, baratos e reprovados por Deus. No sentido figurado da Escritura, esses materiais estão repletos de traiçoeiro secularismo (com outros nomes).

3) Os materiais aprovados por Deus são ouro, prata e pedras preciosas (v12). São materiais duradouros, custosos e especiais.
Na semana que vem, daremos continuidade a este importante assunto, falando dos agentes promotores do secularismo nas igrejas.

Os perigos da secularização nas igrejas (3ª parte)

 

Vejamos agora alguns agentes promotores do secularismo (mundanismo) na igreja. São eles, à luz da Bíblia:

1) 2 Coríntios 4.4: “O deus deste século”. Século aqui é “aion”.

2) 1 Coríntios 2.12: “O espírito do mundo (kosmos)”. Ver também 1 João 4.3.

3) A mídia em geral. Conteúdos de vídeo, áudio, imagem, páginas impressas, internet etc que esteja saturado com o secularismo maléfico e maligno. Exemplo: A mídia principalmente televisiva, que prevalece no lar. Ela orienta os filhos e forma a mentalidade, molda a personalidade das crianças e adolescentes, induzindo-as (bem como os seus pais) ao mal de modo sutil. Atentemos para Deuteronômio 13.5b, Salmos 101.3, Provérbios 23.5 e 1 Coríntios 10.31b. Sim, induz a todos, inconscientemente, ao comportamento reflexo (por aquilo que vê e ouve), ao despudor (Por exemplo: lascívia, luxúria. Ver Oséias 4.12 e 5.4), à permissividade em geral, ao amor-livre, ao sexo-livre, como se tudo fosse natural, normal; à violência e à trapaça, ao engano, ao “jeitinho” e à mentira.

4) O acúmulo injusto, iníquo, de riqueza (Ec 5.10; Ef 5.5; Jr 17.11; Sl 39.6 e 62.10).

5) O trabalho material exagerado e contínuo. A pessoa não tem tempo para Deus, nem para a família, nem para a causa de Deus.

6) A consuetude da sociedade ímpia, incrédula, sem Deus. Paulo nos diz em Romanos 12.2: “Não vos conformeis com este mundo”. São usos, práticas, costumes, tradições e comportamentos sociais na igreja que são anticristãos, anti-Deus, antiéticos e antiestéticos. 

7) As mutações sociais na família, constantes e rápidas. Veja 1 João 2.15, onde mundo é “aion”. Essas mutações lentamente enfraquecem, fragmentam, desagregam e arruinam a família, e daí a igreja, pois esta é a constituída de famílias. Em Daniel 7.25, lemos: “E cuidará em mudar os tempos e a lei”. Aqui, devemos conferir 2 Tessalonicenses 2.3, que fala da atividade do “homem do pecado (ho anomos)”.

8) A desumanização do ser humano. Refiro-me ao desaparecimento do amor no ser humano (2Tm 3.1-4). Em Mateus 24.12, Jesus diz: “O amor de muitos esfriará”. 2) No versículo 1 de 2 Timóteo capítulo 3, lemos: “Nos últimos dias”. Atente para a descrição dos últimos dias nesse capítulo. Ali há um aviso profético da Palavra de Deus. No versículo 2:  “Amantes de si mesmos (phil/autos)”. No versículo 2: “Avarentos (phil/arguros)”. No versículo 3: “Sem afeto natural (a/storgoi)” e “sem amor para com os bons (a/phil/agathos)”. E no versículo 4: “Mais amigos dos deleites (phil/hedones)”. Como se portará a humanidade sem amor?

9) A multiplicação do conhecimento humano sem sabedoria (Dn 12.4).
Na semana que vem, teremos a última parte desta série, onde falaremos sobre os efeitos maléficos do secularismo nas igrejas.

Os perigos da secularização nas igrejas (4ª parte)

 

Vejamos agora, como prometido, os efeitos maléficos do secularismo nas igrejas. Vamos ver apenas alguns desses efeitos.

1) O crente acostumar-se ao prazer doentio, como se isso fosse natural. “Tiveram prazer na iniquidade”, 2Ts 2.12. Por exemplo: O crente sentir prazer em cenas violentas, desumanas, imorais, repulsivas, como luta de boxe, cenas de tortura, publicações abomináveis, vídeo imoral e violento, e outras fontes de prazer doentio, sádico, selvagem, anormal, pecaminoso. 

2) O crente tornar-se espiritualmente infrutífero, inútil, parasita. “Nenhum de nós vive para si”, Rm 8.14. “Estrela errante”, Jd 13.

3) O crente tornar-se espiritualmente “pesado”, e daí viver “colado” às coisas efêmeras desta vida. Apegar-se a este mundo, colocando em detrimento as coisas do Senhor (Lc 21.34 e Gl 3.19b). São pessoas que só pensam nas coisas terrenas.

4) O crente tornar-se indiferente, apático, enfastiado para as coisas do Espírito (Ap 3.14,17). 

5) A prevalência do nominalismo religioso entre os crentes. “Os discípulos foram chamados cristãos” (At 11.26) – isto é, eles não chamaram de cristãos a si mesmo, eles foram chamados assim. Eles não apenas pregavam a Cristo, mas também viviam, de fato, o Evangelho de Cristo.

6) A inversão de valores espirituais na igreja (Is 5.20; 2Rs 16.10-20).

7) A exagerada institucionalização da igreja. É quando a  igreja se torna apenas uma denominação a mais, uma organização religiosa a mais, apenas uma máquina religiosa programada. Uma máquina fabrica, mas não cria. Confira, no original grego, a expressão “criado”, em 1 Timóteo 4.6.

Vejamos a seguir, e para concluir, alguns breves e terríveis exemplos de secularismo:
a) Esaú como PESSOA. “Profano como Esaú”, Hb 12.16.
b) Israel como POVO. “Engordando-se Jerusum, deu coices”, Dt 32.15.
c) Laodicéia como IGREJA. Era rica espiritualmente, e tornou-se pobre (Ap  3.17). 
d) Demas como OBREIRO. “Amou o presente século”, 2Tm 4.10.

Lembremo-nos da advertência de Jesus sobre o resultado do mero religionismo sem realidade e sem conteúdo espiritual (Mt 7.20-23). Jesus falou: “Para que vejam a minha glória”, Jo 17.24. “Unjas os teus olhos com colírio para que vejas”, Ap 3.18. Disse o Dr. John Rice: “Se todo crente pudesse (1) apreciar de fato o que é o Céu, (2) o que é a glória e a majestade de Cristo, e (3) o que nos espera lá, teríamos tanto desejo de ir para lá que nos desprenderíamos de tudo o que fosse possível aqui, de modo que o mundo não teria entre os crentes um só torcedor, um só admirador, um só amigo”.

Vamos todos buscar, receber e conservar o real avivamento bíblico, com suas infinitas bênçãos, conquistas e triunfos. Essa é a principal resposta divina para a avalanche de secularismo que investe contra a Igreja do Senhor.





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