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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

JESUS Estava completamente NÚ Sobre a Cruz?


Está fora de dúvida que, antes de crucificarem Jesus, tiraram sua roupas, pois João nos informa que os soldados as dividiram entre si e lançaram sorte sobre sua túnica   ( João 19.23,24 ). Trata-se, pois, de saber se mantiveram algum pano cobrindo a sua nudez da cintura para baixo. Alguns estudiosos afirmam que Jesus estava na cruz completamente nu, porém baseiam geralmente sua opinião em razões de simbolismo tiradas do Antigo Testamento ( por exemplo, Adão estava nu quando pecou, e Jesus deveria estar nu quando nos resgatou ), ou se referem ao " costume romano ", sem apresentarem nenhuma outra prova histórica especial para o caso de Jesus.
A esta opinião podemos opor um texto apócrifo tirado dos " Atos de Pilatos ", segundo o qual, depois de terem tirado as roupas de Jesus, teriam restituído a Ele um "LENTION", palavra grega que quer dizer "pano", uma espécie de tanga.
Seria de admirar que os romanos que o haviam tornado a vestir após o açoitamento, e antes que Ele começasse a carregar a cruz - isto, diga-se de passagem, contrariando seus próprios costumes devassos a fim de respeitar a tradição nacional e as idéias judaicas de decência - após dividirem suas roupas a lançarem sorte sobre sua túnica, não lhe tivessem deixado pelo menos esse pano cobrindo sua nudez quando ele foi pregado na cruz.
O costume judaico era o seguinte: " Chegando à distância de quatro côvados do local da crucificação, despe-se o condenado e, se for um homem, ele deverá ser coberto pela frente; se for mulher, deverá ser coberta pela frente e pelas costas " ( Tratado do Sinédrio, questão VI ). Mas todas essas polêmicas ficam profundamente influenciadas pelo "costume romano". Entre eles, o crucificado deveria ficar nu. É o que afirma Artemídoro. Porém, o termo "estar nu" conforme o entendemos hoje (completamente despido de roupa ) não tinha o mesmo significado entre os antigos. Todas as pessoas do tempo de Jesus usavam por debaixo das vestes, quaisquer que fossem o que chamavam de "SUBLIGACULUM". Era uma espécie de calção, formado por uma faixa de pano que se enrolava em volta dos rins e das coxas, e que era usado permanentemente.
Marcos conta (14.15) que após a prisão de Jesus, um jovem - provavelmente ele mesmo - seguiu o cortejo usando tão somente um "SINDON" (um lençol) sobre o corpo nu. O "SINDON" era uma comprida peça de pano com que as pessoas envolviam o corpo por debaixo da túnica, mas com certeza conservara seu "SUBLIGACULUM" por debaixo do "SINDON".
Ora, quando os guardas o quiseram pegar, ele abandonou o "SINDON" e fugiu nu. Parece, portanto, que esta nudez não eliminava o "SUBLIGACULUM".
A questão é um tanto polêmica. Vejamos o que dela pensou a iconografia. Pode-se dizer que nenhum artista ousou representar a total nudez de Jesus na cruz. Nas primeiras representações artísticas importantes que temos Jesus e os dois ladrões usam o "SUBLIGACULUM".
Após ter defendido, durante algum tempo, a tese de que Jesus foi crucificado vestido do "SUBLIGACULUM", não pude deixar de considerar a opinião de todos os antigos escritores da Igreja. Todos falam de "NUDUS, NUDITA, GYMNOS, GYMNESTHAI - nu, nudez, nu, ser desnudado". O grande pregador João Crisóstomo, por exemplo, escreve: " Ele foi conduzido nu à morte - EPI TO PATHOS EFETO GYMNOS ", e "EISTEKEIGYMNOS EIS MESO TON OCHLON EKEINOS - ficou nu no meio daquela multidão". Encontrei também um texto de Efrem, o Sírio, (Sermão VI sobre a Semana Santa) em que ele diz que o Sol se escondeu diante da nudez de Jesus. Em outra passagem escreve ele: " A luz dos astros se obscureceu porque fora completamente despido Aquele que veste todas as coisas". Eis aqui, finalmente, uma afirmação ainda mais conclusiva de João Crisóstomo. Ele diz que Jesus, antes de subir à cruz, despojou-se do velho homem tão facilmente como de suas vestimentas, e acrescenta: "Agora está ungido como os atletas que vão entrar no estádio" 
( Homilia sobre a Epístola aos Colossenses ). Ora, toda escultura grega nos mostra esses atletas completamente nus.

Dr.Pierre Barbet

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